num mundo em que não há pessoas
100% digitais nem pessoas 100% analógicas
A IA está ai, é uma realidade aplaudida por todos, uma ferramenta que vai ser usada cada vez mais em incontáveis campos de atuação, chegou e está revolucionando o planeta.
Passou a ser mandatório a profissionais de muitas áreas dominar essa tecnologia, começar a usá-la no dia a dia, familiarizar-se com suas muitas e muitas aplicações, e não seria uma pessoa que defende as boas práticas em reputação de marcas e empresas que iria deixar de se beneficiar de todos os recursos que chegaram com ela.
Seja bem-vinda, Inteligência Artificial!
Permita-nos usá-la cada vez mais, com propriedade, com amplo domínio de suas mil faces, para mais facilmente tomar decisões mais certeiras, com maior rapidez, com precisão cirúrgica muito mais acurada.
Hoje.
No mundo de hoje, onde continua havendo seres humanos preparados e com discernimento para empregar com sabedoria tudo aquilo que chegou com a IA, mas sem deixar de considerar que os benefícios proporcionados por ela afetarão seres humanos que continuarão sendo inteligentes, capazes de discernir uma coisa da outra, sem rendições incondicionais, afinal, todos sabem, mas às vezes parecem ignorar, que não há nem jamais existirão, pessoas 100% analógicas nem pessoas 100% digitais.
Trazer benefícios para o bicho homem é o mais valioso resultado da evolução dessa tecnologia que começou lá atrás, há anos, para atingir o ponto em que se encontra hoje.
É possível que seja visto como iconoclastia ou pareça sacrilégio, dizer que não houve, exatamente, uma disrupção e sim a continuação de um processo evolutivo que deixou a sua adolescência lá atrás, há quase 20 anos.
O uso da palavra “disrupção”, aliás, vem sendo cada vez mais corrente e banal, e seu significado – interrupção do curso normal de um processo, rompimento, quebra, fraturamento – parece estar sendo ignorado, já que o que houve não foi exatamente isso.
Não importa, a IA está ai para ser usada, entre milhares de outros usos, no aperfeiçoamento de programas voltados para a criação ou aperfeiçoamento de programas que visam melhores experiências do cliente. Afinal, se ela chegou a esse estado de evolução não é para outra coisa, senão para servir aos seres humanos, tornar nossa vida mais fácil, mais produtiva. Proporcionar benefícios a nós, seres humanos, que a desenvolvemos e permitirmos que ela fizesse esse barulho todo que está fazendo.

Jornalista e Publicitário, sócio da Percepta, teve a felicidade de trabalhar em agências que tinham em comum a crença de que a frase “ A Propaganda é a Alma do Negócio” estava longe de ser uma verdade definitiva. Foi sócio da Lage, Stabel & Guerreiro BBDO. Foi ainda Vice-Presidente da Norton Publicidade, Sócio Fundador da Grey Direct no Brasil, Sócio Diretor da B-to-B Marketing Communication.